“Conhece-te a ti mesmo”
Inscrição que era vista na entrada do Templo de
Delphos, na Grécia
REVISTA VICEJAR – QUALIDADE DE VIDA
Um
assunto que costuma gerar dúvida para os menos avisados é a diferença entre
autoconhecimento e autoajuda.
A
autoajuda baseia-se em técnicas que permitem com que as pessoas busquem
melhores condições externas, tais como um melhor emprego, um relacionamento
amoroso, melhor condição financeira ou social, melhora na saúde, etc.
A
autoajuda colabora com uma ou duas cores do espectro de nossa personalidade.
Por isso, um ganho alcançado pela autoajuda nem sempre torna a pessoa mais
completa ou evoluída, já que satisfaz apenas parte do ser humano.
O
autoconhecimento, no entanto, age diretamente na essência do indivíduo. São
técnicas que buscam trazer à luz nossas potencialidades e limitações. É um
processo exclusivamente interno, de valorizar a fonte essencial e divina de
cada um.
Ao
compreendermos nossas potencialidades podemos desenvolvê-las e, paralelamente,
percebendo nossos limites, podemos transcendê-los e ampliá-los, tornado-nos
pessoas melhores.
Ter
um bom emprego, ser bem relacionado nos vários aspectos sentimentais e sociais,
ter uma vida financeiramente próspera, estar saudável física e mentalmente,
acabam sendo consequências naturais dessa atitude de conhecer-se a si próprio,
embora alcançá-las geralmente não seja o grande objetivo de quem atinge tal
estágio.
A
meta maior sempre será tornar-se um ser humano mais desenvolvido enquanto parte
de um todo maior, mesmo que viva em condições humildes e com a saúde emocional
e espiritual bem mais ajustada que a física.
Talvez
possa parecer que o textos é contra técnicas de autoajuda. De maneira alguma!
Elas têm seu espaço, seu valor, seu público cativo e, em certos momentos, sua
grande importância. Porém, é fundamental que se compreenda o que é uma coisa e
o que é outra.
Grande
parte da confusão sobre o assunto é de responsabilidade da mídia, que, mal
informada ou mal intencionada, acaba por colocar tudo o que se refere a ambos
num mesmo balaio. E os desavisados, muitas vezes acabam comprando gato por
lebre, trazendo um grande prejuízo àqueles que buscam seu verdadeiro
crescimento individual, preso nas esferas da ascensão social ou pessoal
proposta pela autoajuda.
Enquanto
a autoajuda tende a ser imediatista, em parte, como reflexo de nossa sociedade
atual, o autoconhecimento pode levar tempo, uma vida inteira às vezes, para
alcançar seu ápice. Porém, depois de alcançado, não há mais o que o derrube.
Parafraseando
o chinês Lao-Tsé, citado pelo indiano Osho, “… o sábio, por não competir com
ninguém, jamais será derrotado”. Alcançar esse estágio de compreensão certamente
o tornará um sábio.
Por
isso, a busca do autoconhecimento é baseada em técnicas e conceitos que
possibilitam a cada um alcançar o âmago de seu ser e, ao atingir tal estágio,
permitirão acontecer o processo de crescimento e evolução pessoal, espiritual e
da humanidade como um todo.
TEXTO: Alex Francisco Paschoalini
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O articulista atua como colaborador deste Blog e o texto acima expressa somente o ponto de vista do autor, sendo o conteúdo de sua total responsabilidade.
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