Princípio Agnóstico

"Ver cada fé como um caminho diferente para o mesmo objetivo e desenvolver uma atitude ecumênica e universal." 

REVISTA VICEJAR – ARTIGOS E OPINIÕES 

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_____Antes de explicar esse princípio é necessário compreender o correto significado do termo agnóstico. A expressão vem da palavra gnose, que significa conhecimento. Ao ser adicionada com o prefixo de negação “a”, concluímos que agnóstico é aquele que não tem conhecimento, ou aquele que admite não alcançar o conhecimento. 

_____Como o termo trata da questão Deus, agnóstico é definido como aquele que, por não conseguir provar racionalmente a existência ou não de Deus, adota uma posição neutra, aceitando ambas as hipóteses como plausíveis.

_____Estendendo um pouco mais esse significado, agnóstico pode ser aquele que aceita os vários conceitos sobre Deus, que defendem ou refutam sua existência, como possíveis, uma vez que a experiência divina é algo muito subjetivo, longe do alcance da razão lógica e, portanto, uma vivência única e individual.

_____Não há como provar racionalmente a certeza extraída de sua subjetividade vivida às outras pessoas. Olhar um mapa jamais será igual a percorrer suas estradas e apenas aquele que percorre pode realmente dizer como é o caminho.

_____O Princípio Agnóstico é aceitar que todos os caminhos podem ser corretos mesmo que se tenha intimamente a certeza da retidão de sua estrada. É compreender que a fase em que se está em sua senda evolutiva não é necessariamente a mesma em que os outros se encontram e que, por esse motivo, a sua estrada é o caminho mais certo apenas para você que alcançou esse ponto de sua caminhada existencial.

_____Aceitar o conceito de Princípio Agnóstico é tirar o foco da questão caminho certo ou caminho errado e direcioná-lo para a questão maneira certa de percorrer o caminho escolhido.

_____Como disse Stanislaw Grof em seu livro “A tempestuosa busca do ser”, “... muitas pessoas ficam interessadas na dimensão mística de todas as religiões, percebendo que foi o núcleo místico da própria religião delas que chamou a sua atenção. Podem ver cada fé como um caminho diferente para o mesmo objetivo e desenvolver uma atitude ecumênica e universal, um tipo de espiritualidade planetária”.

_____Creio que se cada um adotar essa ideia de Princípio Agnóstico ao analisar seu entendimento religioso e o dos outros, ou seja, aceitar que nada pode ser definitivamente provado num assunto cuja subjetividade é o cerne da questão, teremos amplas oportunidades de um entendimento e uma conduta humana muito mais ética e harmoniosa. 

 

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Alex Francisco Paschoalini é graduado em Ciências Contábeis, licenciado em Filosofia e pós-graduado em Educação. Professor na área de Gestão no Centro Universitário SENAC Águas de São Pedro-SP e nos cursos técnicos da ETEC Gustavo Teixeira, em São Pedro-SP, e como professor de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, na mesma ETEC. Escreve poesias, contos e crônicas e tem formação em Terapias Holísticas, em especial na técnica de Respiração Holotrópica e Renascimento. Seus textos “Crises necessárias” e “A guerra de cada um” foram publicados no Jornal de Piracicaba em 2013. É compositor, em parceria, de 20 músicas, de diversos estilos. É autor de “Caminho das flores”, “Sociedade dos sete caminhos” e “Diário de um coveiro”, romances para lançamento em breve (aguardando patrocínio).
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