Secretos desejos dourados
infinitos de luz e luar,
vinde pousar como sonhos
no ombro da minha solidão.
Trazei a sombra enigmática
do passado que deixei de viver,
trazei a fonte cristalina
do presente que nunca hei-de ver
ou trazei a discreta aliança
que os laços do destino traçaram.
Vinde, como irmãos unidos,
como Cavaleiros do Apocalipse
reencarnados na outra dimensão
e soltai o fulgor destemido
por entre o céu iluminado
soltai o grito da miséria
que povoa a clara serenidade
de cada alma violada,
pois o vosso grito de sofrimento
é o grito da humanidade atolada.
TEXTO: Paula Freire
FACEBOOK: https://www.facebook.com/su.lima834
Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal. Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas das Relações Humanas e do Auto-Conhecimento, bem como à prática de clínica privada. Desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, tendo colaborado regularmente com publicações em meios de comunicação da imprensa local. O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras poéticas lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021. Há alguns anos, descobriu-se no seu ‘amor’ pela arte da fotografia onde aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza.
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A articulista atua como Colaboradora deste Blog e o texto acima expressa somente o ponto de vista da autora, sendo o conteúdo de sua total responsabilidade.
Belo poema! Sensível e profundo! Parabéns, talentosa poetisa!
ResponderExcluirPeço desculpa por só agora me aperceber do seu comentário, Rafael Mendes...
ExcluirAgradeço sempre a sua atenção. Muito obrigada pela leitura e presença.