REVISTA VICEJAR – LITERTURA ( Crônica )
_____“Escrever é o que sei fazer. Narrar me insere na corrente sanguínea do humano e me assegura que assim prossigo na contagem dos minutos da vida alheia.” São palavras de Nélida Piñon, das quais me aproprio porque, tal como a escritora carioca, gosto de escrever e narrar. Obviamente, derrapo aqui e ali, afinal, a “última flor do Lácio” não é bolinho: sempre há uma concordância no caminho, uma conjugação marota atrás de um arbusto, um acento pronto para nos puxar o tapete, um sinônimo de butuca que nos coloca em maus lençóis...
_____Apesar dos pesares, com a caneta em riste, sigo escrevendo, espalhando palavras e narrativas por aí. E, quando encontro espaço para ecoá-las, me esparramo feito um menino metido... Um desses espaços é a Vicejar, que me permite jorrar minhas idiossincrasias e personagens, meus anseios e humores, dores e impudores. A cada mês, um pouco de mim e de minhas personagens (meus outros “eu”, por assim dizer) encontram acolhida na Revista e, com o perdão do trocadilho, vicejam pelos quatro cantos da internet.
_____Para celebrar essa
parceria que já dura dois anos, hoje trago aos leitores um lado de mim ainda
não desnudado nesta revista: às vezes, cometo a impertinência de visitar o
templo das Musas e, enquanto elas se banqueteiam com ambrosia e vinho,
surrupio-lhes alguns versos. O poeminha abaixo é um dos meus butins mais
recentes:
Às vezes escrevia
poesia.
Mas, confesso,
pouco gostava dos meus versos:
não me sentia poeta
eu parecia mais um atleta
que corria-corria atrás da palavra.
O resultado? às vezes me agradava.
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