O prego e a tábua

"As pessoas a quem amamos e as que verdadeiramente nos amam são como joias raras."

REVISTA VICEJAR - TEXTOS E MENSAGENS



Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito explosivo. Um dia ele recebeu do pai uma tábua e um saco cheio de pregos, que, em seguida, disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém.

No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ele ia aprendendo a controlar a sua raiva, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradualmente.

Ele descobriu que dava menos trabalho controlar a sua raiva do que ter que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua… Finalmente chegou o dia em que ele percebeu que já não havia perdido a paciência em hora nenhuma.

Então, ele falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor em não explodir com os outros. Sendo assim, seu pai sugeriu que ele retirasse todos os pregos da tábua e que a trouxesse até ele.

O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao pai.
Ele disse “estás de parabéns, meu filho, mas olha para os buracos que os pregos deixaram na tábua, ela nunca mais será como antes”.

Quando falas enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas. Podes enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá.

Uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física. As pessoas a quem amamos e as que verdadeiramente nos amam são como joias raras. Elas nos fazem sorrir e nos encorajam a alcançar o sucesso. Emprestam-nos o ombro, compartilham de nossos momentos de alegria e tristeza, ajudam-nos, torcem por nós. E são tão difíceis de achar!

Essa parábola nos chama atenção para as marcas que deixamos nas pessoas de nosso convívio quando, muitas vezes, dizemos coisas no ímpeto das emoções, sem pensar nas consequências.

Palavras ditas não podem ser desditas, assim como uma pedras atiradas não têm mais como voltar, depois de lançadas. Elas deixam marcas, muitas vezes, mais profundas que uma agressão física.

Ter paciência é uma virtude muito importante a ser cultivada por todos nós, para garantir que não iremos machucar as pessoas com ofensas exageradas e injustas, das quais nos arrependeremos no momento seguinte, e ainda, de garantir a nossa própria felicidade, ao nos tornarmos pessoas calmas e serenas.

TEXTO: Autor desconhecido
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