“Água que o sol evapora,
pro céu vai embora,
virar nuvens de algodão...”
pro céu vai embora,
virar nuvens de algodão...”
REVISTA VICEJAR - ARTE E CULTURA ( Música )
Planeta água
(Composição e interpretação: Guilherme Arantes)
Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos
Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
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Esta composição foi uma das finalistas no “Festival MPB Shell 1981”, alcançando o segundo lugar. Figurou entre as “top 10” nas Paradas brasileiras e, devido ao seu conteúdo ecológico, é uma das canções mais lembradas quando se trata de preservação da natureza, principalmente quando envolve questões hídricas.
A letra destaca as diversas maneiras com que esse precioso líquido se apresenta na natureza. Mostra as suas origens e os caminhos que percorre para saciar os mais diversos lugares e seres vivos do planeta, em especial, o ser humano.
Muito embora o autor tenha as suas razões para o título da música, seu nome pode ser entendido como sendo uma alusão à celebre frase do cosmonauta soviético Yuri Gagarin. “A Terra é azul”, disse ele, sendo o primeiro ser humano a ver o nosso planeta do espaço.
Por ser a maioria da sua superfície composta de água e com a licença poética comum a quem tem inspiração, Guilherme Arantes chamou a música de “Planeta água”, que, convenhamos, teria sido muito mais conveniente (e apropriado) para denominar esse “planeta azul”.
TEXTO: Revista Vicejar
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