Sobre o Natal

“Mas mais do que ‘lembrar do aniversariante’, é preciso fazer do Natal um lembrete de sua mensagem”

REVISTA VICEJAR - ATUALIDADE E COMPORTAMENTO


_____Há muito já se tem falado que o Natal, hoje uma festa cristã, foi, na verdade, uma adaptação da festa pagã do nascimento do deus sol, no hemisfério norte. 

_____Por volta do terceiro século d. C., um concílio resolveu adotar como data de festejos do nascimento de Jesus de Nazaré o mesmo período usados pelos pagãos como forma de facilitar a conversão desses ao cristianismo. 

_____Com a adoção do cristianismo por Roma e posterior difusão de sua doutrina por todo o mundo ocidental, a data passou a ser comemorada quase que mundialmente. 

_____Independente de sua real origem ou dos destinos buscados em sua criação, o que realmente vale é analisarmos o que e quanto da simbologia esotérica do Natal tem sido preservado e quais os descaminhos que nos tem afastado de seu verdadeiro ensinamento. 

_____É muito comum ouvir dizer que a imposição consumista que a época natalina traz às pessoas desvirtua o sentido da festa, mas a inflexibilidade dogmática também nos afasta de sua real finalidade. 

_____Costuma-se dizer no meio cristão que as pessoas “esquecem do aniversariante” e preocupam-se apenas em festejar e trocar presentes, o que, em parte, não deixa de ser uma queixa verdadeira. 

_____Mas mais do que “lembrar do aniversariante”, é preciso fazer do Natal um lembrete de sua mensagem, que deveria estar presente diariamente em nossos atos. Mas do que simplesmente reverenciar o nascimento do Messias é dar a oportunidade para que essa concepção de um novo nascimento tenha espaço para acontecer dentro de nós. 

_____Dar a oportunidade de morrer o velho homem para nascer o homem novo; de encerrar um ciclo desgastado e esgotado para abrir um novo ciclo, repleto de possibilidades de evolução e desenvolvimento.

_____Muito além de reverenciar aquele que passou por esse planeta há dois mil anos é reverenciar a oportunidade de seu renascimento a todo instante dentro de cada um de nós. A possibilidade de nos divinizarmos a cada momento através de nossos pensamentos, palavras e atos.



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Alex Francisco Paschoalini é graduado em Ciências Contábeis, licenciado em Filosofia e pós-graduado em Educação. Professor na área de Gestão no Centro Universitário SENAC Águas de São Pedro-SP e nos cursos técnicos da ETEC Gustavo Teixeira, em São Pedro-SP, e como professor de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, na mesma ETEC. Escreve poesias, contos e crônicas e tem formação em Terapias Holísticas, em especial na técnica de Respiração Holotrópica e Renascimento. Seus textos “Crises necessárias” e “A guerra de cada um” foram publicados no Jornal de Piracicaba em 2013. É compositor, em parceria, de 20 músicas, de diversos estilos. É autor de “Caminho das flores”, “Sociedade dos sete caminhos” e “Diário de um coveiro”, romances para lançamento em breve (aguardando patrocínio)..
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