A tua Escola é um lugar de felicidade?

“Os governos das nações devem estar atentos e valorizar o trabalho dos educadores, porque, só a educação contribui para a evolução das sociedades." 

REVISTA VICEJAR – LITERATURA ( Crônica ) 

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_____Sempre que o outono se aproxima, vêm ao meu pensamento, recordações do tempo em que, com alegria, esperava o regresso às aulas, e sentia grande desejo de conhecer as crianças que estariam comigo, durante o ano letivo que se iniciava.

_____Olhá-las, pela primeira vez, no caso de iniciarem a aprendizagem no ensino básico, era como se entrasse em mundos desconhecidos, que eu queria desbravar, levando numa das mãos, o saber, e na outra, a alegria de criar novas amizades.

_____Quantas vezes, aconteceu, uma criança sentir medo de deixar a mãe, ao entrar na sala de aula! Talvez, alguém a tivesse amedrontado, com o lugar onde iria ficar, sem o amparo materno. Porém, esse receio depressa se esvaziava, porque em mim, encontrava braços abertos e sorrisos, embora sempre dentro dos limites necessários a uma eficiente aprendizagem.

_____Eram outros tempos. Passaram 25 anos, e muito mudou, tanto no comportamento dos alunos, como na vida dos seus professores. As novas tecnologias absorvem, de tal forma, que existe uma grande tendência para o isolamento. O convívio fraterno, a partilha de conversas ao ar livre, tornam-se cada vez mais escassas. Nem sempre, os mais jovens escolhem os melhores caminhos para se evadirem de si próprios e evoluírem como seres humanos.

_____São as famílias que terão de estar atentas às reações dos seus educandos e disporem de algum tempo, para os acompanharem, nessa viagem para o futuro. É natural, o desejo dos pais, sobre o sucesso que pretendem para os seus filhos.

_____Porém, não poderão esquecer que, para alcançarem esse sucesso, terão de ter um ambiente propício ao desenvolvimento das suas capacidades naturais e abertura para assimilarem os conhecimentos que lhes serão transmitidos, assim como criarem métodos de trabalho e, sobretudo, aprenderem a ser felizes.

_____Serão as Escolas lugares de Felicidade? 

_____O que explica o desejo de abandono escolar prematuro? 

_____Como se interpretam os casos de agressões, entre alunos e aos seus professores?

_____Muitos perguntarão, o que é a felicidade? Talvez seja um tema demasiado sensível para se poder expressar em simples palavras ou gestos. Para alguns, a felicidade está no possuir bens, em ter uma vida confortável, economicamente. Para outros, ser feliz é muito mais do que ser rico; é amar as pessoas com quem convive e ser solidário com o sofrimento, até de quem está distante e não conhece, concretamente. 

_____Ser feliz é, na minha opinião, respeitar os outros, espalhar sorrisos, olhar para fora de si próprio, não se isolar e não cultivar a intolerância.

Ora, falando da Escola, como lugar de felicidade, os alunos, nela poderão encontrar razões para concretizarem os seus ideais mais nobres e criarem fortes sentimentos de solidariedade, de partilha e de sã camaradagem.

_____Contudo, os professores que os orientam e lhes transmitem os conhecimentos, naturalmente, também têm absoluta necessidade de ter uma vida tranquila, um salário que lhes permita viver sem dificuldades financeiras, para que se sintam realizados profissionalmente e possam ser, ainda, mensageiros de sentimentos de paz, liberdade e felicidade.

_____Os governos das nações devem estar atentos e valorizar o trabalho dos educadores, porque, só a educação contribui para a evolução das sociedades.

_____No entanto, e porque a Família é o berço da educação, nunca se poderá alhear das suas responsabilidades e culpabilizar a Escola pelo insucesso, as depressões e maus comportamentos dos seus filhos.

_____É dentro da Família, que as crianças assimilam os bons e os maus exemplos. Raramente são indiferentes ao ambiente familiar. Os pais têm e terão, sempre, o papel fundamental, na educação dos seus filhos. 

_____Saber educar pode não estar ao alcance de todas as famílias. Contudo, quando sentirem que estão a fracassar na sua missão, devem pedir ajuda a psicólogos que as possam orientar e ajudar a resolver as situações mais delicadas. 

_____É costume dizer-se que “ninguém nasce ensinado”, por isso, “mais vale prevenir do que remediar”. “Amanhã, pode ser tarde demais”.

_____Desejo um feliz ano escolar, a todos os estudantes e professores. 






 TEXTO: Graça Foles Amiguinho 

FACEBOOK: Graça Foles Amiguinho Poesia 

Graça Foles Amiguinho nasceu em 13 de fevereiro de 1946, em Santa Eulália - Elvas, Portugal. Foi graduada no Curso de Magistério Primário, em 1965, tendo trabalhado em várias escolas no Alentejo, até 1969, e posteriormente vivendo e trabalhando do Distrito do Porto. Em 1984 teve um Programa semanal, numa Rádio Local de Gaia, intitulado "Pontos nos iis", sobre Educação. Em 2005 editou o primeiro livro de Poesia "O Meu Sentir". Em 2015, começou a escrever, semanalmente, uma Crónica, no jornal online, Elvasnews. Em 2018, editou o segundo livro de Poesia "Alma Alentejana" e musicou diversos poemas. Em janeiro de 2019, foi lançada a primeira Colectânea, que organizou com 41 autores. "Elvas à Vista", musicando um poema para cada poeta inscrito. Em setembro de 2019, foi apresentada a segunda Colectânea, com 67 autores, de Portugal e Extremadura Espanhola, "Eurocidade, Badajoz, Elvas, Campo Maior", sob a sua coordenação, musicando vários poemas. Em fevereiro de 2020, editou o terceiro livro de Poesia "Não te disse Adeus" e musicou 6 poemas. Em setembro de 2020, organizou a terceira Colectânea "Raia Luso Espanhola, Literatura e Artes, com 48 autores Portugueses e Espanhóis da Extremadura e Galiza, tendo musicado 6 poemas. Em dezembro de 2020, após ter contraído Covid, gravou em estúdio, o poema, com música sua, "Foram dias, foram anos". Em fevereiro de 2021, gravou o poema e música "Meu Alentejo Raízes" e, ainda, foi convidada a colaborar no Blog online de "De Vella A Bella", da Galiza. Em setembro do mesmo ano foi lançada a Colectânea "Cultura sem Fronteiras", sob a minha alçada. A par da Colectânea, musicou 9 poemas de autores e 3 meus, e gravou o seu primeiro CD. Lançou a sua obra em Prosa e Poesia "Meu Alentejo, Saudade". Também começou a colaborar, mensalmente, com uma Crónica, na revista "O Lusitano" de Zurique, como convidada. Tem outra obra, em colaboração com seu filho Rui Miguel Amiguinho Barros, intitulada "Poesia e Arte", já editada. Ainda em 2022 será editada a primeira obra para crianças, "Cães e Gatos, Animais de Estimação". Em 2023 sairá o seu primeiro romance, "O Amor na Guerra". 

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A articulista atua como Colaboradora deste Blog e o texto acima expressa somente o ponto de vista da autora, sendo o conteúdo de sua total responsabilidade.

                                              

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