“Ajudam no equilíbrio energético dos corpos físico, mental, emocional e espiritual.”
REVISTA VICEJAR – LITERATURA ( Crônica )
Certo dia, uma menina ganhou de presente um geodo grande e pesado. O presente foi dado pela mãe de uma amiga que trabalhava com cristais e pedras em geral. A menina ficou encantada, mas a mãe, sem o conhecimento sobre tal objeto, disse que não passava de uma pedra. Mesmo assim, a menina manteve o geodo decorando seu quarto por anos.
Os geodes ou geodos (do grego, geoides, terroso) são formações rochosas que ocorrem em rochas vulcânicas e ocasionalmente em rochas sedimentares. O exterior dos geodos mais comuns é geralmente constituído por calcário, enquanto que o interior contém cristais de quartzo.
Os geodos são considerados amuletos de proteção e usados para meditação. Ajudam no equilíbrio energético dos corpos físico, mental, emocional e espiritual. Há também quem use apenas como peça decorativa por serem belos e únicos.
A mãe da menina, achando aquela pedra desnecessária dentro de casa, disse à filha que seria melhor colocá-la no jardim. A filha concordou. O tempo foi passando, a menina cresceu e a pedra ficou esquecida no jardim se misturando com a terra.
Hoje, a menina é uma mulher e com o aprendizado da vida, ela sabe que aquele geodo não era somente uma pedra. Era um presente da natureza que levou anos para se formar e chegar às suas mãos. O geodo nunca foi esquecido e até se arrepende um pouco de tê-lo deixado no jardim. Ou talvez tenha sido devolvido à terra, à natureza, à sua origem.
Conhecimento, ou informação, lhe faltou na infância. Mas a vida ensina. O fato de ter permanecido sempre em sua memória, não foi à toa. Talvez ele tenha cumprido a sua missão.
TEXTO: Valéria Rezende
Valéria Rezende é carioca, doceira e poeta. Casada e mãe de um casal de filhos, a autora da Zona Norte do Rio de Janeiro lançou, em 2019, a antologia poética NEM TUDO O QUE VOA É PÁSSARO. E continua sua jornada literária em O CAMINHANTE NA POESIA DO TEMPO, lançado esse ano, onde reúne contos e poesias.
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